Previdência Privada: qual melhor caminho?

Autor

Elaine

Previdência Privada: qual melhor caminho?

Entenda como escolher o melhor tipo de Previdência Privada

Quando o assunto é ter um futuro tranquilo e confortável, inevitavelmente você vai considerar fazer – ou não – uma previdência privada. Entenda como escolher o melhor tipo de Previdência Privada. Entre as diversas formas de se preparar para evitar apuros financeiros durante a aposentadoria, trata-se de um complemento à previdência oficial. Mas, será que essa complementação social, ligada a instituições privadas, é a melhor alternativa para você garantir uma aposentadoria mais tranquila? Muitas dúvidas surgem, e a diferença entre as duas previdências é que o oficial é aquela que todo trabalhador tem direito, desde que contribua para o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Já a previdência privada não está ligada a esse sistema. Nela, é possível escolher o valor de contribuição, a frequência com que será feita e até a forma com que será pago o imposto.

Hoje em dia a previdência é um produto que possui altas taxas e uma rentabilidade muito baixa comparada a outros produtos disponíveis no mercado.

É preciso pesquisar se esse complemento é válido diante de seus objetivos, já que este tipo de investimento não serve para planos de curto e médio prazo, mas sim para o futuro. Entenda como funciona uma previdência privada e confira as vantagens e desvantagens de aderir ao investimento.

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Há dois tipos de previdência privada: o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Geradora de Benefício Livre). Para uma boa escolha é necessário que você faça uma pesquisa minuciosa e que se adeque as suas características de necessidade, esse é o primeiro passo para uma boa escolha.

  • PGBL: É o mais adequado para quem tem renda tributável e declara o Imposto de Renda (IR) no formulário completo, pois permite a dedução das contribuições até 12 por cento da renda bruta anual. Neste tipo o imposto recai sobre o total acumulado no plano.
  • VGBL: É aquele voltado para quem declara o IR ao formulário simplificado ou já atingiu os 12 por cento de dedução num plano PGBL. Neste tipo o imposto recai sobre os lucros e não sobre o principal aplicado

Ao escolher seu plano, você será confrontado ainda com outra questão: optar por um fundo mais conservador e menos arriscado, como um de renda fixa (títulos com taxa de juros pré ou pós-fixados) ou arriscar um pouco através de um fundo multimercado com diferentes percentuais de Renda fixa ou variável. Lembrando apenas que a legislação brasileira não permite que um plano de previdência invista mais de 49 por cento do patrimônio líquido em renda variável. O primeiro é mais indicado para quem possui um perfil conservador ou já esteja perto do período de resgate. O segundo recomenda-se para perfis mais agressivos e pessoas que tem mais tempo até precisarem resgatar seu fundo. “Seja qual for o plano escolhido, é fundamental que o consumidor consulte mais de uma instituição, ficando especialmente atento à taxa de administração e a eventual taxa de carregamento cobrada por cada um”.

Vantagens da Previdência Privada: 

  • Você não tem a necessidade de permanecer na mesma instituição que administra a sua previdência. Se o investimento não estiver rendendo, existe a possibilidade de fazer a portabilidade para outra instituição;
  • É possível alterar o valor e a data da contribuição ou mesmo suspendê-la por um tempo – o investimento continua rendendo normalmente;
  • Benefício fiscal para quem declara o Imposto de Renda com formulário completo;
  • É um incentivador de poupança, já que você destina uma quantia fixa todo mês. Assim, é recomendada para quem não possui disciplina para poupar e busca um investimento em longo prazo.
  • Ao chegar ao final do plano, você pode fazer um resgate do valor total ou solicitar retiradas mensais por tempo determinado ou indeterminado. É um momento muito importante e que deve ser bem estudado.

Desvantagens da Previdência Privada: 

  • Os impostos cobrados na previdência privada tornam esse investimento pouco vantajoso em curto prazo. Geralmente um investimento está relacionado a um objetivo. Se você pretende usar esse dinheiro para comprar um carro ou fizer uma viagem, por exemplo, o ideal é pensar em outras formas. Por conta da tributação diferenciada, Progressiva (de zero a 27,5 por cento) ou Regressiva (de 35 a 10 por cento), a previdência não pode ser vista como uma aplicação de curto ou médio prazo.
  • Em caso da seguradora ou a entidade de previdência privada em que você possui a sua previdência privada quebrar, os valores lá depositados não são garantidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Os planos de previdência são supervisionados pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e pela SUSEP (Superintendência de Seguros Privados). José Vignoli aponta outra característica que pode se tornar uma desvantagem: na previdência privada, indiretamente, você está aplicando em um fundo, produto financeiro que nem todos conhecem. Assim, antes de iniciar uma previdência privada, é fundamental conhecer as características do fundo, sua composição e, claro, comparar a sua rentabilidade com outros planos. Lembrando que nada disso adianta se você não acompanhar os rendimentos da sua previdência privada, periodicamente.
  • As taxas de administração, cobradas pelas instituições, podem afetar a rentabilidade. “Taxas a partir de 1,5 por cento são altas e não recomendadas” Além da taxa de administração, existe também a taxa de carregamento, que incide sobre cada depósito que é feito no plano. Na maioria das vezes, essa taxa não ultrapassa 5 por cento sobre o valor de cada contribuição. Como algumas instituições não cobram taxa de carregamento, pesquise, compare e pressione seu banco para conseguir condições melhores.

Se você não tem disciplina para poupar, a Previdência Privada pode te ajudar a fazer uma “poupança forçada”. Caso você decida sacar ou desfazer do investimento nos primeiros anos terá que pagar taxas altas, e isso desestimula e retirada. Ainda assim a rentabilidade não é das melhores para compensar essa desvantagem.

No passado a previdência privada era um produto bastante interessante para o investidor de longo prazo por oferecer excelentes rentabilidades. Essa já não é mais uma vantagem, pois você encontra investimentos de renda fixa muito mais atrativos em termos de rentabilidade

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Elaine Rezende