Vale a pena comprar imóvel com Minha Casa Minha Vida?
Ter a oportunidade de procurar por casas à venda e conquistar o primeiro imóvel é um desafio e um sonho da maioria das pessoas. O programa habitacional do governo federal, Minha Casa Minha Vida, é um dos recursos procurados para auxiliar no financiamento e oferecer juros menores para quem quer realizar essa conquista. Mas quais são os requisitos e as regras para participar do programa?
Para ajudar você a analisar se o Minha Casa Minha Vida é uma boa opção para sua realidade e entender quais são os requisitos para se inscrever no programa, preparamos esse post. Quer saber mais? Confira e prepare-se para realizar mais esse sonho!
Como funciona o programa Minha Casa Minha Vida?
O programa habitacional é uma iniciativa do governo para facilitar a aquisição do imóvel próprio. Ele oferece quatro tipos de benefícios, que dependem da faixa de renda familiar.
Os benefícios podem vir por meio de pagamento de parte do financiamento, pagamento de uma parte da entrada (chamado também de subsídio), redução do valor do seguro comumente cobrado em financiamentos ou taxas de juros menores que as praticadas no mercado.
É necessário que a pessoa se inscreva no programa para que sua documentação seja avaliada e aprovada. Embora o programa beneficie milhões de famílias e realmente ajude no processo de compra da casa própria, existem algumas regras e requisitos que devem ser preenchidos para que você seja aceito no programa.
Quais as faixas de renda atendidas?
Para avaliar se o programa Minha Casa Minha Vida é uma boa opção para você e sua família, é importante avaliar o tipo de benefício previsto para a renda bruta total familiar.
As regras alteraram em 2017 e hoje o programa contempla famílias com renda bruta mensal de até R$ 9 mil. É importante ressaltar que a renda bruta é a soma dos ganhos de todos os membros da família, independentemente de quem se cadastra no Minha Casa Minha Vida. Confira as faixas de renda e os benefícios oferecidos antes de começar as pesquisas nos portais imobiliários.
Faixa 1 – Renda familiar de até R$ 1.800
Para famílias com essa faixa de rendimento o governo paga até 90% do valor do imóvel escolhido.
As parcelas do financiamento devem obrigatoriamente ser menores do que 10% da renda bruta familiar, variando de R$ 80 a R$ 270 mensais.
O financiamento deve durar, no máximo, dez anos.
Faixa 1,5 – Renda familiar de até R$ 2.600
Quem estiver dentro dessa faixa de renda pode adquirir um imóvel com taxa de juros de 5% ao ano, muito inferior às taxas oferecidas por outros financiamentos habitacionais.
Além dessa facilidade, o governo também subsidia (ou seja, ajuda no pagamento da entrada) até R$ 47,5 mil. O prazo máximo para quitar o imóvel é de 30 anos.
Faixa 2 – Renda familiar de até R$ 4 mil
Nessa faixa de renda as famílias podem receber subsídio de até R$ 29 mil. Além dessa vantagem, os beneficiários podem financiar o imóvel novo com taxas de juros de 5,5% a 7% ao ano, também abaixo dos índices praticados no mercado.
O prazo máximo para financiamento é de 30 anos, assim como na faixa 1,5.
Faixa 3 – Renda familiar de até R$ 9 mil
Essa faixa de renda permite que as famílias utilizem o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para ajudar no pagamento do imóvel.
Não existe subsídio do governo para esses casos, mas as taxas de juros continuam sendo menores do que as cobradas por outros financiamentos, chegando a, no máximo, 9,16% ao ano.
Famílias que ganham mais do que R$ 9 mil não podem participar do Minha Casa Minha Vida. Nesses casos, o indicado é procurar por um financiamento com boas taxas de juros e analisar o orçamento com cuidado para garantir os pagamentos em dia.
Como me inscrever no programa?
Antes de você se inscrever no Minha Casa Minha Vida, é importante ler o regulamento com atenção e fazer uma simulação para não ser surpreendido com parcelas muito altas. O site da Caixa Econômica Federal oferece informações completas a respeito do programa e também permite que você fala a simulação online.
Depois disso, é preciso ficar atento ao calendário divulgado pelo governo e não perder o prazo para inscrição. Famílias que pertencem à faixa 1 devem comparecer ao órgão de habitação de sua cidade, que normalmente se localiza na prefeitura municipal.
Famílias pertencentes às demais faixas de renda não precisam ir às prefeituras e podem fazer o cadastro online, desde que entreguem a documentação exigida posteriormente para validação da inscrição.
Qual a documentação exigida pelo programa Minha Casa Minha Vida?
Para não ser reprovado no cadastro do Minha Casa Minha Vida por documentação faltante, fique atento e agilize a papelada antes mesmo de fazer o cadastro.
O solicitante deve apresentar originais e cópia dos seguintes documentos:
- RG;
- CPF;
- certidão de casamento (se casado);
- certidão de nascimento;
- comprovante de renda;
- carteira ou contrato de trabalho;
- comprovante de residência;
- declaração de imposto de renda;
- comprovante de pagamento de água e luz;
- se houver conta em outro banco, que não a Caixa, extrato bancário dos últimos três meses.
Como evitar erros na inscrição?
É importante lembrar que fazer a inscrição não é garantia de receber o benefício do programa. Além de haver um sorteio no caso de o número de interessados ultrapassar o orçamento previsto pelo governo, existem diversas formas de evitar ser recusado.
Por isso, antes de planejar e procurar por apartamentos, casas ou sobrados à venda, certifique-se de tomar alguns cuidados.
Uma das exigências do programa Minha Casa Minha Vida é que o proponente das faixas 1,5, 2 e 3 não pode ter “nome sujo” ou restrições no CPF. Por isso, para não perder tempo fazendo um cadastro que será reprovado, regularize sua situação. Negocie e parcele suas dívidas para aumentar suas chances.
Outro erro comum é sonhar com um imóvel além da realidade familiar. Quando o banco identifica parcelas que podem comprometer a renda, o cadastro é negado e todos podem se frustrar. Por isso, analise bem seu orçamento e planeje-se para que nada saia do planejado.
O programa Minha Casa Minha Vida vale muito a pena e já beneficiou mais de 7 milhões de famílias desde seu lançamento em 2009. Ele pode ajudar você a realizar esse sonho, mas é preciso reflexão e cautela para que as parcelas caibam no seu bolso.
Agora que você entendeu como funciona o programa habitacional e quais os requisitos para participar, compartilhe esse texto nas suas redes sociais e ajude seus amigos e familiares a comprarem a casa própria!